San Augustin del Valle Fertil…>>

«(...)
Estava um dia quente. Para visitar o Valle de la Luna deixei a mota e o desconforto do equipamento à entrada do parque, seguindo de carro com um casal de argentinos. A visita fazia-se em caravana, em veículo próprio. Eram sete ou oito carros enfileirados e o conjunto levantava um rasto de pó que o vento fazia viajar deserto fora. A guia ia à boleia no primeiro carro, e as explicações eram dadas a cada paragem, com o grupo reunido em frente aos principais pontos de interesse.  O Valle de la Luna é um pedaço de deserto cheio de formações geológicas únicas e interessantes. Já esteve debaixo de água, já foi um pântano, e, ao longo de uma quantidade de anos que vai para além da imaginação, foi acumulando sedimentos diferentes segundo períodos secos e chuvosos, perdidos nas profundezas. Depois veio a formação da cordilheira. Duas gigantescas massas de terra em movimentos opostos a fazer levantar a enorme ruga que são os Andes e estilhaçando à sua volta tudo um pouco, enviando para a superfície colossais blocos, cujas faces laminadas são autênticos compêndios históricos. Nesta zona, pelo tipo de sedimentos acumulados e o modo como estavam sobrepostos por camadas, a erosão encheu-se de criatividade, actuando com diferentes velocidades nas diferentes camadas, conforme a resistência do material, gerando caprichosas esculturas. Este vale aloja ainda ...
(...)»


Leia na íntegra esta e outras crónicas no livro BuenaYork!