Terra do Vento...>>

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Terminando o modesto relevo da zona de Caleta Olivia, volta a planície e fica a estrada desprotegida do vento, cada vez mais forte. O cenário esbranquiçado, de rara vegetação, estende-se sem barreiras, povoado apenas por grandes pássaros mecânicos bicando o solo, bombeando petróleo.

Os animais que vão aparecendo sem aviso exigem toda a atenção. São principalmente bandos de guanacos que elegantemente saltam a vedação, atravessando-se sem cuidado na estrada, e avestruzes que entram em pânico assim que me aproximo, atirando-se atabalhoadamente para onde calha. Mantém-se a raridade da presença humana e periga o nível de combustível. O vento não pára de aumentar, obriga a ir devagar e piora significativamente os consumos. O piso é mau, e as obras obrigam a vários desvios para a gravilha improvisada. Faz mais frio, mas a ameaça de chuva não passa de meia dúzia pingas espaçadas. Avanço e penso no objectivo: Ushuaia.

O vento é um elemento de respeito. É mais fácil reconhecê-lo vivendo de perto a sua omnipresença. Faço uma paragem para almoço, motivada mais por cansaço do que pela fome, encontrando refúgio num isolado restaurante de estrada: La Cabana. Estes pequenos pontos habitados são tão raros que vêm representados no mapa, mesmo não passando de um ...
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