À espera...>>

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Descarreguei a mota com a ajuda de quatro funcionários. O gerente escapuliu-se, dando instruções ao que tinha ido connosco, o Luis, que me encontrasse um sítio resguardado para armar a tenda.
Estávamos na zona de serviços, nas traseiras, onde se estacionavam os veículos da pousada entre meia dúzia de pequenos préfabricados brancos que assumiam as infra-estruturas do local. No maior deles havia uma oficina bem equipada, como convém neste ermo de acessos tortuosos. As caldeiras, o armazém de comida e os barulhentos geradores estavam um pouco mais longe. As camaratas dos funcionários completavam o conjunto. Quem trabalha aqui, dorme aqui. Abanavam árvores e portões, mas genericamente fazia menos vento que no desfiladeiro.

Caminhei um pouco na companhia do Luis até encontrarmos um local discreto e protegido para a minha tenda. Ali mesmo, entre a zona de serviços e os edifícios nobres da pousada, uma cova espaçosa com árvores e umas mesas de piquenique. Recolhemos da traseira da pick-up os pedaços de acrílico partido do meu pára-brisas e estacionámos a mota entre dois barracos. Caía uma chuva tímida que não atrapalhou a montagem da tenda. Comi qualquer coisa e resolvi engatar a simpatia dos mecânicos, José e Simon, a ver se me ajudavam com o puzzle do vidro. Não havia grande coisa para fazer na oficina, de maneira que o desafio de bricolage foi mais ...
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