Mais uma vez a cordilheira…>>

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Vi no mapa que o percurso do dia incluía o Trópico de Capricórnio. Lembrei-me por isso de levar para a mesa do pequeno-almoço o mapa grande da América do Sul. Leite não havia, tinha-se acabado o pão, restou-me aldrabar o estômago com um café quase frio e meio pastel com vários dias. Voltei-me para o continente desdobrado na mesa e inspirei-me no itinerário percorrido, refazendo com um olhar lento os largos milhares de quilómetros rodados. Zoom in, zoom out, deliciei-me uns minutos com a brincadeira. Depois parti, sentindo que me esperava um dia grandioso.

Pela primeira vez atestei completamente os depósitos auxiliares de gasolina e de água, e enchi uma mochila de comida e de mais água. Meia dúzia de curvas feitas, concluí que precisava de ajustar a suspensão à nova carga. Repeti os desfiladeiros da noite anterior, agora com luz e muito ao estilo das cores listadas da Quebrada de Las Conchas. Rapidamente estava outra vez no entroncamento de Purmamarca e virei para Oeste, em direcção a Susques e ao Chile.
 
Um novo canyon confluía com o anterior acompanhando o mapa de estradas. As mesmas vertentes listadas avivaram as cores e, mais à frente, novas formações se lhes juntaram em bonitos contrastes. No grande leito seco havia um outro leito esculpido, seco também, carregando um fio de água por entre as pedras do fundo. A cor rosa abriu para um ...
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